Em entrevista ao GLOBO, a atriz conta sobre seu trabalho na adaptação do clássico de Clarice Lispector tido como ‘infilmável’, além do medo de barata.

Entender Clarice Lispector, segundo declaração da própria, “não é uma questão de inteligência, e sim de sentir”. Ela falava sobre um professor de português do Colégio Pedro II que a procurou para contar que havia lido quatro vezes “A paixão segundo G.H.” e seguiu sem saber do que se tratava o livro. “No dia seguinte, uma jovem de 17 anos, universitária, disse que este é o livro de cabeceira dela. Não dá para entender. Ou toca, ou não toca”, complementou a escritora em célebre entrevista concedida à TV Cultura, em 1977, poucos meses antes de morrer.